Pompéia, a cidade destruída pelo Vesúvio
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Pompéia, a cidade destruída pelo Vesúvio

Passear por Pompéia foi muito interessante, apesar de me deixar um pouco abalada. Imaginar a vida naquela cidade quando de repente, pela manhã, as pessoas são pegas desprevenidas por uma fumaça tóxica que acaba com tudo, é chocante.

A cidade de Pompéia foi fundada no século VII a.C, sob a influência das civilizações gregas e etruscas que dominavam a região sul da Itália. Entre 27 d.C. e 37 d.C., a cidade viveu seu apogeu, grandes edifícios privados e públicos foram construídos, mas um terremoto em 62 d.C. derrubou grande parte da cidade. Esta estava sendo reerguida quando, em 24 de agosto de 79 d.C., o vulcão Vesúvio explodiu, expelindo grande quantidade de lava viscosa que se solidificou rapidamente por toda a cidade.

A lava cobriu toda a cidade de Pompéia e sua cidade vizinha, Herculano, com uma camada de dois metros de espessura. Em seguida, uma nova camada de quinze metros, feita por cinzas e pedras, cobriu a cidade matando cerca de 30 mil pessoas.

Nós chegamos por volta das 15h no sítio arqueológico (Pompeii Scavi) e a maioria das visitas guiadas já tinham começado. Vale muito a pena ter um guia para conhecer Pompéia, o lugar é enorme e repleto de peculiaridades. Mas, não foi nosso caso. Fomos escutando um pouquinho dali e pouquinho de lá, acompanhando o mapa e as placas de orientações.

Após a grande erupção do Vesúvio, que provocou uma intensa chuva de cinzas, a cidade se manteve oculta por 1.600 anos, até ser reencontrada em 1748. Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção.

É impressionante como alguns corpos encontrados e expostos no local ainda transmitem tanta emoção. É possível imaginar a angústia das pessoas pegas de surpresa pela posição em que se encontram seus corpos. Pessoas dormindo, viradas de bruços tentando se proteger, um pai segurando a mão de seu filho, crianças como se estivessem tentando se esconder, um homem rezando e até um cachorro acanhado. Mesmo depois de tantos anos, a marca dessa tragédia é visível nos corpos petrificados.

Algumas das partes mais fascinantes de Pompéia incluem as travessas das ruas, as áreas de compras, banheiros, as tavernas e até o prostíbulo. Mesmo sob ruinas, é possível mergulhar no tempo da Roma Antiga e imaginar como era a vida naquela época. Passamos pelo mercado, que tinha uma grande fonte ao centro, pela lavandeira e pelos seus anfiteatros (o pequeno e o grande). Vimos o estilo das casas; há ruas de casas menores provavelmente da camada mais pobres da população e ruas com casas maiores para os mais afortunados. Também passamos pela região que tinham restaurantes e, segundo o guia local, era costume comer fora de casa.

Nossa visita durou quase 3 horas; o sol estava se pondo e iluminando o Vesúvio como se fosse ele o grande deus da cidade. Fez eu pensar na fúria da natureza e o que estamos fazendo com ela, mesmo após 2.000 anos dessa tragédia. É como se a natureza fosse uma sereia que encanta com sua beleza, mas se não tomar cuidado, pode ser impiedosa.

Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pompeia
http://www.historiadomundo.com.br/idade-antiga/pompeia.htm
http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/29/artigo170132-2.asp

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