Nova York – cidade de contrastes
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Nova York – cidade de contrastes

Um grupo de dançarinos chegam com seu rádio portátil, estilo retrô, ouvindo black music bem alto e ocupam o centro da praça para começarem a ensaiar sua coreografia.

Ao lado, um cidadão dormindo e tomando um relaxante banho de sol que parece nem se incomodar com o barulho. Um grupo de mulheres almoçando saladinhas rápidas com pressa para voltarem ao trabalho. Um jovem andando de skate, passa testando suas manobras no degrau da escada ao centro da praça, e cruza com outro rapaz andando de bicicleta. Chega um grupo de 20 turistas e começam a tirar fotos da cidade, enquanto a guia explica sobre o monumento no centro da praça. Logo chega um casal de noivos japoneses indo em direção ao Central Park, rodeados de fotógrafos e seus padrinhos. Crianças brincam com a água da fonte que rodeia a praça. Um casal de idosos tomam seu café e se sentam para conversar em um dos bancos vazios.

Torre de Babel? Não, Nova York mesmo! Tudo isso pude observar durante os 30 minutos que fiquei sentada na praça do Collumbus Circle, em frente à uma das entradas do Central Park.

Para mim NY é uma cidade de contrates harmônicos porque mesmo com tanta diversidade em um mesmo local, tudo corre bem; as pessoas se respeitam e ainda gostam dessa variedade de estilos, hábitos, tipos e costumes que caracteriza a cidade.

Como não era nossa primeira vez na cidade, aproveitamos para andar muito e conhecer lugares com mais calma, explorando suas peculiaridades.

É incrível como você pode encontrar de tudo nesta cidade. As ruas são super movimentadas em qualquer hora do dia e da noite. Essa mistura de raças, estilos e personalidades parece ser a receita de sucesso que faz dessa cidade um dos principais pontos turísticos do mundo.

Como qualquer cidade grande, NY tem seus problemas, dentre eles muitos mendigos, ruas sujas, lixo no chão etc. Mas as pessoas parecem respeitar melhor o espaço e privacidade de cada um. Talvez seja consequência do forte policiamento e da robusta estrutura de segurança que a cidade possui, fruto das lições aprendidas pelos americanos depois dos atentados terroristas. São dezenas de câmeras, em todas as ruas. Qualquer coisa que aconteça pode ter certeza que você estará sempre sendo observado. Isso sim é Big Brother!

Vale muito a pena andar pelas ruas da cidade. Cada quarteirão tem sua particularidade. Chinatown é de fato um pedaço da China nos EUA. Fala-se chinês nas ruas; tem lojas em que nada está escrito em inglês, só chinês; tem mercados com tudo da China; restaurantes com iguarias chinesas, casas de massagens etc. Quando andei por lá por um momento me esqueci que estava em solo americano.

Caminhar pelo Central Park é outra experiência fantástica. É possível alugar bicicleta ou comprar aqueles famosos passeios de charrete, mas preferimos andar mesmo. Fomos em um sábado de agosto e o tempo estava ótimo: sol e calor. Resultado: parque lotado! Nunca vi tanto pic nic junto; ainda bem que o parque é enorme e tem espaço para todo mundo estender suas toalhas. O pessoal leva a sério fazer pic nic aqui, trazem a casa toda e geralmente são grupos grandes de pessoas. Olhando o gramado, parecia uma grande festa.

E que tal casar no Central Park? Original? Hum, não muito. Só neste dia, vimos 4 casamentos, com cerimônia e tudo no meio do parque. Um casal de indianos, um de japoneses, um de mexicanos e um de americanos. O Chelsea Market também valeu a visita, um mercado que funciona em uma fábrica desativada é charmoso e oferece uma intensa variedade de comidas e especiarias. Cafés, restaurantes e mercearias se misturam e oferecem iguarias para todos os gostos. Dentre as coisas que nos chamaram atenção, encontramos uma imensa variedade de temperos e ervas de várias partes do mundo; um bar com refresco de tamarindo; uma loja com todos os tipos de frutos do mar, incluindo lagostas enormes vivas; uma confeitaria com cupcakes de Minions (do filme Meu Malvado Favorito), um quiosque com mais de 15 opções de azeites, entre outros.

Outra cena que me chamou atenção foi na Rua 34 (34th Street), uma das ruas mais movimentadas da cidade, paraíso das compras, onde estão localizadas as lojas das marcas mais procuradas nos EUA, além da maior loja da Macy’s no mundo. Um homem sozinho de terno, provavelmente em seu horário de almoço, puxou uma das cadeiras da praça e colocou bem no meio da calçada, onde circulavam milhares de pessoas para um lado e para outro. Simplesmente ali sentou e ficou observando tudo que acontecia ao seu redor.

Nestes dias que ficamos em NY, me senti um pouco como este homem, um observador. As vezes a gente chega em uma cidade agitada como esta, sai correndo para fazer compras, ir no outlet, passear nos museus, pegar a fila do Empire State ou da Estátua da Liberdade, reservar os restaurantes, e esquece de guardar alguns minutos para fazer algo tão simples e tão interessante como observar as particularidades da cidade.

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