Mangia che te fa bene! na Sicília
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Mangia che te fa bene! na Sicília

Na Itália, em geral, come-se muito bem, mas a Sicília em particular é famosa por uma culinária que supera todas as expectativas.

Descobri que há raízes históricas para isso. Segundo Guta Chaves e Dolores Freixa, em um artigo para o site IG, “Beber, comer bem, sem esquecer o prazer” era o lema atribuído ao modo de viver dos monges que habitavam a Sicília no século XIX, antes da unificação da Itália. Praticamente tudo dentro dos conventos e monastérios girava em torno de uma opulenta cozinha. É que muitos filhos mais novos de nobres, como príncipes e condes, acabavam sendo "obrigados" a seguir a carreira religiosa, já que na época só os primogênitos tinham direito a herança. Tirar o sustento do próprio trabalho não era bem uma opção. Para compensar, esses filhos de famílias muito ricas tentavam ter uma vida boa, comendo e bebendo muito bem antes e depois da missa. Havia funcionários exclusivamente dedicados a ralar queijo e infraestrutura poderosa para fazer assados fartos de vitelo ou peixe.

É um paraíso para os amantes de frutos do mar e tem uma variedade deliciosa de peixes. Os peixes e frutos do mar são obtidos em três zonas de costa. No estreito de Messina se pesca o peixe-espada. Comemos o chamado involtini di pesce spada (enroladinho de peixe espada) que era simplesmente sensacional.

Na costa do Ciclope, delimitada por Aci Trezza, Aci Reale e Catânia, são obtidos garoupas-badejo e sargo, muito consumido quando assado sobre brasas. Da costa sul, entre Pozallo e Marsala, o principal peixe é o dentão, que pode ser cozido ou ir ao forno com cebolas e caldo de carne. Já o atum, que chega a antingir quatro metros de comprimento, é pescado no mar de Scopello, Castellammare e Magazzinacci.

Enquanto no Brasil temos as coxinhas de frango, aqui os italianos fazem o Arancini. São bolinhos fritos de arroz, feitos de uma mistura do cereal com tomates e cebolas picadas, sal, pimenta, pecorino ralado e ovos e recheados de carne. Muito saborosos. Os doces também não ficam por menos. O tradicional canolli de ricota é incrível. Para quem não conhece, são canudos crocantes de massa feita à base de farinha, vinho branco e açúcar. São recheados de creme de ricota, frutas cristalizadas ou chocolate amargo. O melhor canolli é aquele recheado na hora com o creme bem fresco preenchendo todo o canudo.

Outra sobremesa deliciosa é a granita siciliana. Uma espécie de sorvete a base de gelo encontrado em diversos sabores como morango, chocolate, amêndoas, limão e café, servido com chantilly e um brioche. Difícil de descrever porque realmente é muito característico da região e é imperdível para quem vai à Sicília.

Também experimentamos um famoso vinho de sobremesa chamado Passito. Vindo da pequena e rochosa ilha de Pantelleria, na costa sudoeste, que também é chamada de ilha dos ventos – que sopram de todos os lados. É um moscato típico de colheita tardia feito a partir das uvas da variedade zibebo.

Pois é, deu para perceber que comemos bastante por aqui. Agora é colocar a mochila nas costas e caminhar bastante para queimar todas estas calorias!!

Referências e mais informações:

http://www.italiaoggi.com.br/gastronomia/

http://comida.ig.com.br/pelomundo/sicilia/4fd6328063a8bb36eb4185c3.html

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